LIVRO: "Holocausto Católico"



O historiador e jornalista Santiago Mata, que publicou em 2011 "O trem da morte" (The Sphere Books), onde ofereceu uma investigação completa sobre o que é conhecida como a primeira grande derrota da Guerra Civil Espanhola: em 12 de agosto de 1936 mais de duzentas pessoas foram conduzidas em um trem que partiu de Jaen, para serem encarcerados na prisão de Alcala de Henares, por ordem do Governo da Segunda República. Mas eles não chegaram ao seu destino. Perto de Valência, o trem foi parado por grupos de militantes republicanos realizado um fuzilamento maciço com a conivência do governo. O "crime" das vítimas era ter crenças religiosas católicas ou uma ideologia conservadora.

Esse "crime", o de professar a fé católica, custou a vida de centenas e centenas de pessoas durante o episódio mais terrível e trágico da história recente da Espanha e do mundo, em seu ódio à Igreja por parte dos republicanos espanhóis, notadamente de seus membros ligados ao Anarquismo e à "esquerda". Em "Holocausto Católico, Os mártires da Guerra Civil", Santiago Mata centra nos religiosos mortos durante a guerra, em um deliberado extermínio anticlerical. Assim, neste estudo são recolhidas pela primeira vez suas biografias, suas origens, o nascimento e desenvolvimento da sua vocação e sua mortes violentas, que vitimaram mais de 1500 padres e freiras que sofreram perseguição e morte. Biografias como a de Martin Martinez Pascual, um sacerdote de vinte e cinco anos, cuja foto estampa a capa do livro, uma fotografia tirada em 18 de agosto de 1936. Martinez Pascual, como dito no livro, estava escondido em uma fazenda antes do assédio aos religiosos. Mas quando soube que seu pai havia sido preso por milicianos a fim de descobrir o paradeiro de seu filho, rapidamente saiu de seu esconderijo para salvar seu pai, mesmo sabendo que seria morto, simplesmente por ser um padre.

O que aconteceu correspondeu à perseguição religiosa, cujo objetivo final era o extermínio sistemático da Igreja Católica na Espanha. Não só ceifaram as vidas de religiosos e leigos por simplesmente ter uma convicções íntimas de natureza pacífica, como centros de ensino e igrejas católicas e foram incendiados, corpos foram profanados, símbolos religiosos foram aniquilados e o patrimônio artístico foi destruído. Todo um padrão de selvagem ódio fratricida que determinados setores em Espanha se negam a reconhecer, justificar ou desculpar até hoje, a despeito de todas as evidências.

Este lamentável episódio, nada mais é que mais uma história de horror causada pela disseminação de ideologias totalitaristas e ateístas, como as que tomaram forma concreta através de revoluções no início do século XX. Exemplo máximo dessa intolerância tipicamente marxista e comunista contra a Deus e a Igreja, a Guerra Civil Espanhola foi um holocausto real, onde morreram cerca de sete mil religiosos (além dos outros tantos fiéis) e mais de vinte mil igrejas foram destruídas por ateus marxistas e anarquistas, resultando numa catástrofe humana e cultural imensurável.
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